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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Mais inovação terapêutica recente: novos fármacos aprovados pela agência regulatória norte-americana (FDA) entre janeiro e julho de 2013

      Volto, conforme prometido no início da última postagem sobre o desenho das estruturas químicas através dos tempos, à temática da inovação terapêutica recente. Entretanto, desta vez serei mais sucinto que de hábito, pois vou apenas descrever as recentes inovações terapêuticas aprovadas pelo FDA norte-americano durante o primeiro semestre do corrente ano.
 
       Ao ler o último número da revista Nature Reviews of Drug Discovery no Portal de Periódicos da CAPES, me deparei com a matéria sobre este assunto. 
       Foram aprovados 13 novas entidades moleculares (NEM) no período. São considerados como entidades moleculares os fármacos e biofármacos, além de novas associações (01: fluticasone com vilanterol para doença pulmonar obstrutiva crônica) e na tabela abaixo incluí apenas as sete novas entidades químicas (NEC) que representam pequenas moléculas ou novos fármacos. Descartei os biofármacos (02; mipomersen e ado-trastuzumabe) e outros como contrastes (02) para diagnósticos e sais inorgânicos coordenados (01).
 
 
      Dentre os fármacos inovadores encontramos dois indicados para o controle da diabetes tipo-2, aliás comentados na penúltima postagem, como a canagliflozin e alogliptina. Temos ainda o fumarato de dimetila, fármaco comentado em uma postagem anterior, com indicação para o tratamento da esclerose múltipla, doença que não tem muitos recursos terapêuticos eficientes. Foi também aprovado o composto pomalidomida, derivado estruturalmente relacionado à talidomida, (e.g. 3-aminotalidomida), desenvolvido pela Celgene para tratamento do mieloma múltiplo. Foi aprovado ainda o ospemifene da empresa japonesa Shionogi, derivado estruturalmente relacionado ao tamoxifeno, com indicação principal para o controle da eventual dor, severa ou moderada, provocada pela relação sexual em mulheres na menopausa. Finalmente, dois novos tinibes com novos perfis de ação, foram desenvolvidos pela Glaxo Smith-Klyne (GSK) para o tratamento do melanoma metastático, ambos aprovados pelo FDA em maio do corrente. O dabrafenibe, atua inibindo a enzima B-Raf envolvida na proliferação celular e o trametinibe atua inibindo o sistema proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK) e ERK (inibidor de MEK1 e MEK2) o que representa um novo mecanismo de ação para controlar o melanona metastático.
 
 



     O total de aprovações de novos fármacos inovadores pelo FDA, neste primeiro semestre de 2013, se equivale aquele de 2012, antecipando que, provavelmente, este ano o FDA igualará ou ultrapassará o total de aprovações de NEM de 2012, o que sugere que a indústria farmacêutica que inventa fármacos, parece estar recuperando sua criatividade e capacidade de inovação.  
          Obrigado por lerem.