Há de se esclarecer, de início, o
porquê do título, pois pode sugerir muitas interpretações quando se trata, de
fato, de uma metáfora para contar a história do Laboratório de Avaliação e
Síntese de Substâncias Bioativas (LASSBio®),
na perspectiva de seu fundador. Este narrador.
Este
breve relato histórico exige, para seu completo entendimento, um preâmbulo capaz
de situar a o contexto cronológico da narrativa e quebra a série anterior que voltaremos a descrever depois. O narrador evitará mencionar
nomes exceto quando a contribuição da pessoa tenha sido de fato significativa
em determinado momento da trajetória histórica do LASSBio®, mas que
fique bem esclarecido, que todos aqueles e aquelas que contribuíram para com o
acervo de conhecimento científico novo criado pelo LASSBio® e registrado
resultando em inúmeros documentos científicos públicos - dissertações, teses e
publicações - mesmo que não mencionados são importantes atores desta história e
na qualidade de Coordenador Científico do LASSBio® o narrador registra seu
reconhecimento.
Em 1974, inicia-se a construção do que
viria a ser vinte anos depois o LASSBio®. A data de 19 de abril de 1994 é aquela da
criação do LASSBio® no então Departamento de Tecnologia Farmacêutica (DTF)
da Faculdade de Farmácia (FF) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
As condições que propiciaram esta criação, entretanto, não surgem do acaso, nem
da mera decisão de fazê-lo, surgida na cabeça de algum ser iluminado. Muito
pelo contrário! Iniciaram-se vinte anos antes, quando seu idealizador, este
narrador, começa, na Université Scientifique et Médicale (USMG) de
Grenoble, França, sob a orientação científica do saudoso Professor Pierre
Crabbé (Figura 1), na condição de bolsista de doutoramento do então Conselho Nacional de
Pesquisa (CNPq)[1] -
que alguns poucos meses depois passa a chamar-se Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Naquela universidade, nascida em
1339, vivemos um aprendizado científico profícuo e intenso de cotidiano
bastante construtivo e dinâmico.
Durante os quatro anos de treinamento doutoral
que culminaram com a obtenção do título de Docteur-Ès-Sciences d´État,
em 23 de junho de 1978, com a defesa da Tese intitulada Synthèse de Nouvelles 11-Deoxy-Prostaglandines:
Voie de l'alfa-tropolone, que foi aprovada pela banca examinadora composta
pelos Professores Pierre Crabbé, na condição de orientador, Charles Jeffort
(Université de Géneve, Suiça), Claude Béguin (USMG), Cuong Lu-Duc (USMG) e
Francis Rouessac (Université de Le Mans). Durante este doutoramento, que viria
a render 9 publicações descrevendo resultados científicos expressivos em
revistas científicas indexadas,[2]
forma-se a percepção das condições intelectuais e materiais necessárias e
essenciais à realização da atividade de pesquisa científica ética e conduzida
pela meritocracia, na área da Química Medicinal, principal vertente do Centre
d´Études et Recherche sur Macromolecules Organisées (CERMO), onde atuava o
Professor Crabbé e que veio a inspirar e nortear as atividades do LASSBio®, anos depois.
O
saudoso Professor Pierre Crabbé
O INÍCIO
Ao
retornar ao País, em agosto de 1978, e ter tido uma breve passagem pela UFRJ, como
pesquisador-docente, em 1979, no NPPN convidado pelo saudoso Professor Walter
Mors, seu então diretor e mantido por projetos administrados pela FUJB, época em
que sugerimos a estudantes o nome de alguns laboratórios na França para a
realização de estágios na área da Farmacologia, assumimos o cargo de Professor
Adjunto no Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos, onde
passamos os próximos 4 anos, contribuindo para a criação do primeiro Programa
de Pós-Graduação em Química daquela instituição. Ao retornar à UFRJ, em cargo
equivalente, obtido por concurso público de provas e títulos, em 24 de maio de
1984, iniciamos a materialização do sonho da criação do LASSBio®. Almejávamos
criar no Brasil um grupo de pesquisas de excelência, capaz de ter
reconhecimento internacional em área totalmente incipiente das Ciências
Farmacêuticas, como o era a Química Farmacêutica ou Química Medicinal ou ainda,
como veio a ser denominada mais recentemente, Química Farmacêutica Medicinal.
Cedo percebemos qual seria a condição essencial para a concretização e
realização deste projeto: muito trabalho! mais trabalho! e, finalmente, mais
trabalho, ainda! Além do mais, estava óbvio que seria necessário o suporte e o
apoio de parceiros inteiramente comprometidos com o projeto, capazes de
responderem ao desafio imposto com a força de trabalho suficiente, no tempo
adequado. Para tanto algumas qualidades e alguns valores nos pareciam ser
indispensáveis além da ética: tenacidade, para perseguir o objetivo maior sem nenhuma
concessão aos princípios do mérito científico, valor inegociável, assim como a
lealdade, que permitiriam que todos contribuíssem com o mesmo esforço e de
forma mensurável comparativamente. Desta forma, estaríamos prontos para dar os
primeiros passos que deviam ser largos, nesta longa e árdua caminhada.
Em agosto de 1986,
fomos aprovados em primeiro lugar em concurso público de provas e títulos para
o cargo de Professor Titular do DTF da FF da UFRJ. A banca examinadora era
composta pelos professores Andrejus Korolkovas (USP), Elfrides Schapoval
(UFRGS), Fernando Stelle da Cruz (UFRJ), Fernando Ubatuba (UnB) e Guilherme
Kurtz (UFRJ). Ao responder a uma determinada pergunta da Banca Examinadora na
prova de Memorial, sobre a ausência de resultados biológicos para as inúmeras
substâncias bioativas descritas na Tese de Titular, muitas análogas estruturais
de fármacos anti-inflamatórios clássicos e outras tantas análogas às
prostaglandinas, tromboxanas e prostaciclinas, o narrador descreveu seus esforços
iniciais para aproximação com farmacologistas. Estes esforços foram iniciados
em 1979, em colaborações científicas com o Professor Antonio José Lapa, então
na equipe do Professor José Ribeiro do Vale na Escola Paulista de Medicina e
com o Professor João Batista Calixto, então recém ingresso na Universidade
Federal de Santa Catarina. Esta aproximação interdisciplinar foi bastante
proveitosa, embora os resultados científicos não tivessem sido excelentes, pois
as substâncias então ensaiadas mostraram-se pouco potentes, nas concentrações
estudadas. A primeira lição importante aprendida e que denominamos "efeito
porta ao lado", significava a necessidade da proximidade física entre
as equipes de pesquisas dos especialistas da Química Medicinal e da Farmacologia.
A capacidade de diálogo ágil entre estes pesquisadores de áreas distintas e
complementares, essenciais aos objetivos propostos para a atuação do LASSBio®,
teria de ser um dos objetivos imediatos a serem alcançados para o sucesso de um
laboratório de Química Medicinal.
Assim
que, empossados no cargo de Professor Titular do DTF, reiniciamos diversas
orientações de pós-graduandos, algumas pelo, então Programa de Química Orgânica
do Instituto de Química e atual Programa de Pós-Graduação em Química onde somos
orientador credenciado desde 1978. Cabe menção a orientação do Sr Antonio
Carlos Carreira Freitas, que já ocupava o cargo de Professor Assistente no DTF
e quem trabalhou, inicialmente, com a síntese de novas hidrazonas
potencialmente biotivas . Os títulos dos projetos de pesquisa e das
dissertações e teses orientadas àquela época tinham, não raramente, as palavras
"potencialmente ativos", pois não havíamos ainda encontrado, de forma
adequada, a maneira de sensibilizarmos os colegas farmacologistas a se integrarem
aos projetos de pesquisa em andamento, viabilizando a aproximação da Química
Medicinal e da Farmacologia. Nesta época, aparece o Sr Anibal de Lima Pereira,
farmacêutico formado na FF-UFRJ e ex-orientado de mestrado do narrador, pelo Núcleo
de Pesquisas de Produtos Naturais (NPPN), que se tornara Professor Assistente
de Química Farmacêutica no DTF e realizava seu doutoramento pelo mesmo NPPN,
sob a orientação do saudoso Professor Roderick Barnes. Foi com a ajuda do
saudoso Anibal que convencemos o Corpo Deliberativo do então DTF a conceder o
laboratório até então destinado às atividades da Professora Iolanda Rovigatti
da Silva Jardim, que aposentada, não mais o utilizava, para que realizássemos
nas dependências daquele departamento e não mais nos laboratórios do NPPN,
nossas atividades de pesquisa. Nasce assim o primeiro cm2 do que
viria a ser o LASSBio®. Na área do laboratório apenas havia um aparelho
de ponto de fusão Kofler, com defeito, e foi com o trabalho dedicado e tenaz de
Anibal e de duas estudantes de Farmácia (Ana Paola Lo Surdo e Rosângela de
Almeida Epifânio), que aceitaram estagiar no laboratório naquelas condições e contribuíram
para se ter as condições mínimas de trabalho em síntese orgânica, utilizando material
e pequenos equipamentos adquirido pelo narrador em projetos aprovados pelo CNPq
quando de sua permanência na UFSCar e que foram trazidos à UFRJ, em viatura
particular, com a anuência documentada do DQ daquela Universidade. Neste momento
estavam criadas as condições para implantar-se a atividade de pesquisa
científica no DTF. Vários relatos poderiam ilustrar a nova fase do DTF da FF a
partir desta iniciativa, que culminou com a criação do LASSBio®. A
título de ilustração cabe mencionar que foram nas paredes do DTF no bloco B,
subsolo, que se iniciou a tradição de afixar os painéis após sua apresentação
em congressos científicos, numa forma de relatório mural das atividades de
pesquisa ali realizadas.
O laboratório em seus primórdios (à esquerda) e atual, após permuta de espaço físico com a saudosa Professora Maria Tereza Loureiro Lima.
Naquela época tinha o DTF, assim como
outros departamentos da unidade, salas no segundo andar do bloco A do CCS,
destinadas a secretaria administrativa, o que não havia sido concretizado até
este momento. Com a anuência e o apoio da Chefia do DTF, na pessoa da saudosa Professora
Alice Pereira Matos, passamos a ocupar parte desta área ociosa do bloco A como
gabinete. Esta área era utilizada apenas para a guarda de material didático e
bibliográfico, antigo, herdado pelo DTF de outros docentes e que estavam sob a
guarda do Professor Levi Gomes Ferreira, então Diretor da Unidade. A sala 52 do
segundo andar do bloco A do CCS, foi adaptada para ser o gabinete de trabalho do
narrador que depois ganhou a configuração atual, num outro local do mesmo corredor
do bloco A. Àquela época o DTF adotava uma ampla sala como “sala de
professores”, comum a todos os docentes de todas as disciplinas sob sua
responsabilidade, sem gabinetes personalizados ou compartilhados. Este era o
formato adotado em escolas de segundo grau como a Escola Normal, por exemplo.
Nesta
época, por sugestão de Antonio Carlos e Anibal viemos a convidar um professor
recém aposentado da Escola de Veterinária da Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro, Ézio Tiff, farmacologista que aceita o convite para implantar, no
DTF, em área física ociosa da então disciplina de Controle Químico de
Qualidade, em condições bastante precárias, o primeiros bioensaios, em animais.
Esta iniciativa foi a precursora da implantação dos bioensaios in vivo no futuro LASSBio®. As
dificuldades eram enormes, mas Ézio aceitou o desafio e graças a estes três personagens,
autênticos pioneiros, surgiram as condições que viabilizaram a criação do LASSBio®,
alguns anos após dando a configuração de sua área física atual. Data desta
época, a percepção da necessidade de implantar-se no DTF, espaço dedicado a criação
de animais de laboratório. Neste sentido, gestões feitas pelo narrador, junto
ao então Departamento de Anatomia, viabilizou o espaço do que era o elevador de
cadáveres, então desativado, para a implantação do biotério do futuro LASSBio®,
no final do corredor do subsolo do bloco B do CCS da UFRJ. Mais ou menos nesta
mesma época, enquanto na Chefia do DTF, o narrador viabiliza a criação de uma
vaga para concurso público de provas e títulos com apoio do Corpo Deliberativo
Departamental e a direciona para a disciplina de Controle Biológico e Microbiológico
o que viabiliza o ingresso da Professora Ana Luisa Miranda, a quem já havia
convidado para associar-se ao DTF, enquanto validava na UFRJ seu diploma de
doutoramento, obtido em Toulouse pelo Institut
National Polytechnique, em 1986, aonde foi orientada pelo Professor Pham
Huu Chanh, pesquisador indicado, anos antes, pelo narrador.
O DESENHO ATUAL
Em várias reuniões do CD do DTF foram discutidas
as necessidades de organizarem-se a força de trabalho de todos os docentes com
interesse afins, de maneira mais convergente e racional, aumentando nossa
competitividade em editais das agências de financiamento. Após numerosas reuniões
específicas e muito estimulados pelos mesmos personagens mencionados acima,
decidimos pela criação do LASSBio®, com uma conformação de pessoal
bastante ampliada, pois a maioria dos docentes do DTF, fora da área de Controle
Químico de Qualidade, com interesse comuns em atividades de pesquisa, foram
convidados a participarem e passaram a integrar o LASSBio® em seus
primórdios. Nesta época detectou-se a necessidade de termos uma logomarca e com
o apoio de um estudante de mestrado, Sr André Luis de Almeida Reis, e de
desenhista de seu conhecimento, após uma árdua seleção foi escolhido o logo do LASSBio®,
que hoje é uma marca registrada, por iniciativa do narrador. Naquela época os recursos
do DTF estavam escassos e os custos foram integralmente assumidos pelo
narrador. Estava criado o LASSBio® e a data deste início é aquela
mencionada: 19 de abril de 1994, dez anos depois do retorno do narrador à UFRJ.
Há de ser registrado que a esta época
já havia sido publicado o primeiro trabalho conjugando os esforços de pesquisa
da Química Medicinal, tal qual concebida no LASSBio®, e da farmacologia,
envolvendo uma mestranda orientada pelo Professor Nuno Álvares Pereira, do
então Departamento de Farmacologia Básica e Clínica do ICB, a Srta Edna Fátima
Rezende Pereira, que estudava algumas substâncias sintetizadas no futuro
LASSBio, pelo mestrando Marco Edilson Freire de Lima, orientado pelo narrador,
a partir do safrol, produto natural abundante do óleo de Sassafras (Ocotea pretiososa), como novos análogos do fármaco anti-inflamatório
sulindaco. Em 1989, publicou-se os resultados farmacológicos obtidos pela Edna
no Brazilian Journal of Medical and
Biological Research,[3]
sendo esta publicação o marco zero do sucesso da aproximação da Química
Medicinal e da Farmacologia, que caracterizam o LASSBio® desde seu
início e que anos após resultou na reformulação do programa de pós-graduação
daquele Departamento no primeiro programa de pós-graduação multidisciplinar em
Farmacologia e Química Medicinal na América Latina, reconhecido pela CAPES, em
2006.
Logo do LASSBio
Nos idos de 1990, contava a disciplina de Química Farmacêutica do DTF
com a participação do docente Joaquim Fernando Mendes da Silva, que se colocou
em vaga de concurso público de provas e títulos para Professor Assistente de
Química Farmacêutica, superando seu concorrente, o Sr Carlos Alberto Manssour
Fraga, orientado de mestrado do narrador, em 1991. O Sr Manssour ficou no DTF
executando projeto de pesquisa que viria a ser sua tese de Doutoramento
defendida pelo IQ-UFRJ, em 1994. Algum tempo após, concursado numa nova vaga foi
aprovado e tornou-se Professor Adjunto da disciplina de Química Farmacêutica do
DTF, atuando no LASSBio®. Até tomar posse na vaga em que foi aprovado,
aguardando que cessasse as limitações de contratações de servidores públicos de
todas as categorias, impostas pelo governo do presidente Collor de Mello,
Manssour ficou como bolsista de pós-doutoramento da FAPERJ, desenvolvendo
projeto de pesquisa em associação com a Faculdade de Farmácia da UFF, coordenado
pelo Dr Antonio Carlos C. Freitas, docente também daquela IFES.
Na época, dispunha o DTF, no subsolo
do bloco B do CCS, de uma ampla sala de professores, já mencionada, que tinha
como anexo um espaço de copa, onde trabalhava a saudosa Dona Otília. Com a
separação do DTF, em DeFar e DeMed, por esta época, e consequente remanejamento
do espaço físico disponível nas áreas comuns, reivindica o narrador, para o LASSBio®,
o espaço correspondente à antiga copa do DTF para implantar a sala do professor
Manssour, recém concursado e que até então compartilhava, por absoluta falta de
espaço físico no LASSBio®,
a sala dos estudantes, em sua versão original de tamanho reduzido, e também
acomodar o setor de modelagem computacional do LASSBio®, que se iniciava
e onde desenvolvia-se diversas dissertações e teses além de estágios de IC.
Cabe menção ao papel pioneiro nesta área de trabalho do LASSBio® do então
futuro doutor Carlos Maurício Rabello Sant´Anna, atualmente Professor Associado
do Departamento de Química Orgânica (DQO) do IQ da UFRRJ que, orientado pelo
Professor Ricardo Bicca de Alencastro do IQ, realizou estudos de modelagem com
análogos do fator de agregação plaquetária (PAF), tema de interesse do LASSBio®.
Foi Maurício, na qualidade de doutorando, coorientado pelo narrador, quem
implantou, na prática, os trabalhos de modelagem do LASSBio®, sempre com
o apoio irrestrito do Professor Bicca e também do Professor Claúdio Costa Neto
que viabilizou o uso de equipamentos sob sua responsabilidade na execução de
vários dos projetos iniciais do LASSBio® nesta área. Foi nesta área de
trabalho que vários outros estudantes concluíram suas dissertações e teses,
posteriormente, utilizando a mesma área física. Algum tempo após, a modelagem
molecular do LASSBio® foi transferida para uma sala do bloco B, primeiro
piso, necessária à acomodação das novas estações de trabalho da Silicon Graphics, adquiridas com
recursos obtidos no primeiro edital do projeto Pronex, coordenado pelo
Professor Édson Xavier Albuquerque do Departamento de Farmacologia Básica e
Clínica (DFBC) do ICB, tendo o LASSBio® participado como integrante
deste projeto e sendo o narrador seu vice-coordenador. Esta sala resultou do
redimensionamento de salas de aula do bloco B e foi cedida pela Decania do CCS
na gestão do saudoso Professor João Ferreira da Rocha, sensível às limitações
de espaço físico do LASSBio®, agravadas pela chegada da nova docente
concursada, Professora Lidia Moreira Lima, orientada de doutoramento do
narrador, que tendo concluído sua tese pelo IQ da UFRJ em 2001, passa a
integrar a disciplina de Química Farmacêutica após aprovação em concurso para o
cargo de Professor Adjunto. Assim que, a então sala de modelagem e também
gabinete do Professor Manssour, foi redesenhada para acomodar os docentes
atuantes no LASSBio®, viabilizando a os gabinetes dos Professores
Manssour, Ana Luisa e Lidia, neste espaço.
O projeto Pronex trouxe excelentes benefícios
ao LASSBio®, pois, se de um lado viabilizou a implantação do setor de
modelagem molecular, também contribui de foma marcante para a efetiva
aproximação de alguns docentes do LASSBio® com vários colegas,
produtivos, do então DFBC do ICB. Esta aproximação veio, posteriormente, compor
a equipe interdisciplinar que caracteriza o trabalho de pesquisa feito no LASSBio®, agregando a Química Medicinal e a
Farmacologia, e que foi fator decisivo na conquista de importante projeto
representando pelo Instituto do Milênio em Fármacos e Medicamentos (IM-INOFAR),
coordenado pelo narrador, que associou-se ao Instituto Virtual de Fármacos (IVFRJ),
apoiado pela FAPERJ, embrião do atual Portal dos Fármacos. Ambos, IM-INOFAR e
IVFRJ representavam os principais projetos de interesse do LASSBio®, à
época. O IM-INOFAR foi o embrião do atual Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia em Fármacos e Medicamentos (INCT-INOFAR) do qual o LASSBio®-CCS-UFRJ
é a sede e que por sua natureza transversal no âmbito do CCS, teve sua
administração instalada no bloco K do CCS. Este projeto representa uma rede
nacional/internacional de pesquisa para a inovação radical e incremental em
fármacos e medicamentos, contribuindo para nossa capacitação neste importante
setor das Ciências Farmacêuticas.
CONCUSÃO
Pela trajetória percorrida de pernas longas e
documentada brevemente aqui, tornou-se o LASSBio® importante referência nacional
e internacional da Química Medicinal, formando quadros qualificados de mais de
uma centena de pós-graduados, doutores e mestres, além de outros tantos IC´s. Seus egressos, pós-graduados, em sua
esmagadora maioria, ocupam hoje posições científicas de destaque em diversas
instituições de ensino e pesquisa no País e no exterior.
O sucesso do LASSBio® não foi alcançado
de graça, muito pelo contrário. Foi conquistado com muito esforço, tenacidade e
trabalho, de muitos, em diversos momentos e níveis, sendo cada um, artífice responsável
pelo que representa o LASSBio® hoje no panorama da Ciência do estado do
Rio de Janeiro e do Brasil.
Composição do LASSBio
Professores:
Prof Eliezer J. Barreiro
(Coordenador Científico; http://lattes.cnpq.br/5942068988379022)
Prof. Carlos Alberto M
Fraga (http://lattes.cnpq.br/9782159937151139)
Profa Dra Lidia Moreira
Lima (http://lattes.cnpq.br/3986190995983234)
Prof. Carlos Maurício Rabello
de Sant’Anna (http://lattes.cnpq.br/2087099684752643)
Prof. Hélio de Mattos
Alves (http://lattes.cnpq.br/4628603485418322)
Profa. Aloa Machado de
Souza (http://lattes.cnpq.br/9178624520736756)
[2] 1.E. J. BARREIRO, J.-L.
Luche, J. Zweig e P. Crabbé, "Reactions of Aldehydes with Lithium
Dimethylcopper", Tetrahedron Letters, 2353-2354 (1975); 2. E. J. B
ARREIRO, J. Zweig, J.-L. Luche e P. Crabbé, "Asymmetric Induction in
Addition of Organocuprates", Tetrahedron Letters, 2355-2358 (1975); 3. E.
J. BARREIRO, J.-L. Luche, J.-M. Dollat e P. Crabbé, "Formation of Allenes
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