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sábado, 13 de agosto de 2016

As medalhas e os farmacos...


Nestes tempos de Jogos Olímpicos (JO´s) vive-se uma avalanche de competições, em alto nível, em diversas modalidades esportivas. Acaba-se misturando as emoções do atletismo com o handebol e assim por diante. Esta explosão de disputas visa, sempre, a busca das cobiçadas medalhas olímpicas, onde a dourada, claro, é o maior “sonho de consumo” de cada atleta. Assim que, a coisa das medalhas douradas me levou àquela do Prêmio Nobel, identicamente dourada... e como falamos de fármacos, por aqui, associei ambas coisas. Já disse muitas vezes por aí, que inúmeros Nobelistas premiados nas áreas da Medicina e da Química, tiveram suas premiações relacionadas, direta ou indiretamente aos fármacos. Esta constatação reforça fortemente a compreensão de que os fármacos são resultado dos esforços de pesquisa científica de natureza interdisciplinar. Portanto, dos 210 premiados em Medicina, onde se incluem cientistas de áreas diversas, inclusive básica, vários, desde o início da premiação, têm seus nomes associados a fármacos. Dentre os 171 pesquisadores premiados na área da Química, outros tantos, desde Emil Fischer (1902) como  Sir Robert Robinson, entre outros. Da mesma forma que a medalha olímpica, esta premiação dourada também é “sonho de consumo”, agora de muitos cientistas...!

Esta combinação de JO´s com Nobel me leva a concluir que existem algumas semelhanças, mantendo-se as proporções da comparação dentro do razoável, entre uns e outros medalhistas. De cara pode-se facilmente constatar que a faixa etária dos premiados é significativamente distinta..., o mesmo observa-se na distribuição dos premiados entre os gêneros.... e também pelas múltiplas premiações de um medalhista. Não temos como comparar, neste ponto! Em Ciência não temos nenhum Michael Phelps...., quando muito um bicampeonato, como Linus Pauling, por exemplo.



Como o Premio Nobel é um reconhecimento da excelência de uma carreira científica - no caso destas premiações que estamos considerando aqui - e muitos se relacionam aos fármacos, me ocorreu de pensar quais seriam estes, dignos merecedores de honraria comparável. Algo do tipo: “Nobel Molecular”, para os mais importantes fármacos... Quais poderiam ou mereceriam ser incluídos? Critérios? Impacto terapêutico na Saúde, claro! Este poderia ser um dos principais critérios, pelo menos para nós da Academia. Duvido que possa ser um critério unânime, mas como já disse o poeta, a unanimidade é burra! Claro que a Big-Pharma indicaria a atorvastatina, maior best-seller da indústria farmacêutica de todos os tempos com vendas superiores a US$ 150 bilhões durante o tempo de monopólio patentário!

Pois bem, enquanto escrevo estas linhas, o locutor televisivo convoca para mais uma super-emissão esportiva destes JO´s “à la CaRioca”, como disse o outro. Claro que o AAS entra na minha lista dos fármacos nobelistas, assim como a penicilina, cimetidina, propranolol, sinvastatina e imatinibe, entre outros.
          Obrigado por lerem.